segunda-feira, 10 de maio de 2010

Resenha Crítica

UNIVERSIDAD POLITÉCNICA E ARTÍSTICA DEL PARAGUAY – UPAP
RECTORADO Y FACULTAD DE ESTUDIOS DE POSTGRADO
MCAL. LOPES C/ MAYOR BULLO - ASSUNCION
CIUDAD DEL ESTE – AVENIDA ALEJO GARCIA C/ CONSTRUCIÓN

Ministrante.:Professor Dr. Stélio João Rodrigues
Mestrando: Aírton Leite Bastos

RESENHA CRITICA

VALORES, ÉTICA E EDUCAÇÃO

O Professor Dr. Stelio João Rodrigues, desenvolveu sua tese de mestrado em Psicopedagogia na cidade de Havana Cuba, intitulada “A Vida Como Bem Maior” dentro de uma perspectiva de interesse voltado em valores a serem desenvolvidos na educação, pertinentes a uma boa condição de vida humana Dentro do espaço escolar naquilo que se referem à educação, determinados valores são fundamentais ao processo de crescimento do ser humano tais como valores morais, éticos, religiosos, ambientais, todos esses porem orientados através de exemplos vivos dentro da sociedade e da família.
Para Rodrigues, os valores são atitudes voltadas a uma boa educação, sendo que estes valores deverão ser apresentados a criança, percebendo-a como criança, e não em uma perspectiva de adulto, como enfatiza Piaget, crianças não são adultos em miniatura.
Nesta perspectiva, o amor é fundamental como valor intrínseco representado no dialogo entre pais e filhos expondo valores religiosos, como experiência pessoal, amor ao próximo e empatia que se desenvolve entre os segmentos sociais expostos, resultando uma confiança pessoal estável dentro do desenvolvimento dos valores apresentados.
A escola em seu contexto plural, incluindo seus educadores, deve consolidar os valores éticos e morais, com amor ao trabalho, paciência na reprodução dos conteúdos curriculares para que a aquisição e apreensão sejam entendidas com objetivos que justifiquem a construção de sua cidadania que, se inicialmente são legitimados de forma individualizada, deverá ser entendida como valores do contexto social integral do meio ao qual esta criança esta inserida causando afeto naquilo que se apresenta, de uma forma racionalmente entendida e absorvida, sendo concretizada na prática pessoal.
Naturalmente a natureza humana é compelida a busca do conhecimento, através do exercício da curiosidade, esta se consolidou através da curiosidade. Na busca pelo novo, através de sua curiosidade, está também a formação de um novo homem, daquele que utiliza sua capacidade ilimitada de inventar e aprender, e sempre estar se fazendo novo, ou buscando uma constante renovação.
Este novo homem dentro de suas relações sociais e culturais precisa estar ajustado dentro de uma integração e coerência comportamental, para tornar-se eficiente quando de sua atuação na sociedade, em um clima de alegria, que lhe traga coragem para a realidade dos problemas que a ele se apresenta, administrando conflitos internos e externos com controle emocional positivo gerando um bom relacionamento interpessoal extensivo a comunidade diante do seu próprio exemplo de controle no sentido do ser homem.
Dentro desta atuação do homem sobre a natureza, provocando modificações, é fundamental que novos valores sobre a consciência dos resultados que estão sendo provocados na natureza, os problemas causados ao clima, a água e a outros valores de vida renováveis, através de condutas de valores simples tais como cuidar do próprio ambiente local na produção de lixo não facilmente degradável, seu cuidado de acondicionamento, sua necessidade de reciclagem, contribuindo assim para a produção de trabalho com energia limpa e sustentabilidade de forma duradoura, observando os erros do passado e utilizando estas experiências nefastas para não repeti-los no futuro, com valores agressivos a sustentabilidade do planeta.
Esta é uma situação inusitada dentro da axiologia da educação, porém com um elevado grau de relevância dentro dos valores educacionais da atualidade.
Para o autor, os valores a serem abordados dentro de uma consciência ambiental devem ser de forma diferenciada daquela educação como a conhecemos, não sendo necessariamente uma prática pedagógica voltada para a transmissão de conhecimentos sobre ecologia, mais envolvente, onde o aprender a lidar com os recursos naturais sem uma agressão ao meio ambiente faça parte integrante da memória subjetiva do alunado como um conjunto de fatores que engloba, ao mesmo tempo, o meio cósmico, geográfico, físico e o meio social, com suas instituições, sua cultura, seus valores.
Portanto, faz parte da função do professor criar condições para que o aluno aprenda a aprender, através da busca pessoal do conhecimento partindo daquilo que nem sabe o que não sabe e elucidando os saberes necessários conduzi-lo a transformação de sua vida. Neste espaço, a utilização da pedagogia dialógica é bem vinda para desenvolver grupos sociais abertos a novas manifestações culturais e educacionais, oferecendo oportunidade de envolvimento político desempenhando um papel critico dentro de uma nova sociedade.
O tema educação através da valoração está descrito de forma interessante e o autor encontra respaldo na concepção de Camargo & Bernardino onde entendem que, sem transmitir os valores humanos universais, não há como formar cidadãos éticos e preparados para viver em sociedade, onde nesta confluência o pertencimento escolar, de acordo com Bastos, é fundamental na compreensão dos valores éticos e morais, pois a criança ao sentir-se pertencente ao ambiente começa a perceber com maior clareza os fundamentos desses valores. Importante também a abordagem sobre a ética como analise de estudo dentro da escola em uma escala de valores a ser aprendido, integrada na formação total de homem, não simplesmente como aquele que tem procedimentos corretos, mas também aquele que alem disso é uma pessoa admirada pela sociedade, um exemplo a ser seguido por todos, e uma pessoa a qual se possa usar como referência de procedimento no sentido de valores morais, pois também Camargo & Bernardino analisam que, é preciso dar o exemplo, os adultos precisam praticá-los em seu dia-a-dia, nas pequenas e nas grandes atitudes.
A educação através de valores fundamentais dentro de princípios morais e éticos tanto no sentido humano de convivência pessoal quanto no sentido humano de convivência ambiental e de sustentabilidade deverá estar implícita no currículo escolar da educação para o século que se inicia. Goergen analisa que no mundo moderno, a noção subjetiva de valor não é absoluto, mas depende da necessidade de um juízo. Valor, portanto, é aquilo que é estimado como tal através de um juízo.
Finalmente, a educação sempre se faz a partir de bases axiológicas, portanto fundamentada em determinados valores e visando, por outro lado, a transmissão, reprodução, ou criação de novos valores, defender-se-á a idéia de que é necessária uma discussão sobre valores pelos diversos membros da escola e uma opção por uma metodologia para ensiná-los, sejam os professores, em sua formação inicial e continuada, seja os alunos nos exemplos a seguirem.

REFERÊNCIAS

BASTOS, Aírton L. Escola e Pertencimento HTTP://futsalairton.blogspot.com 2010 – acesso 08/02/2010.

NICHOLSON, Clara K. – Antropologia y Educacion – Paidos, Buenos Aires – 1969

PIAGET, Jean. A construção do real na criança. Rio de Janeiro, Zahar, 1984.

VIGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente, Martins Fontes, São Paulo, 2000.



PEDRO GOERGEN Educ. Soc., Campinas, vol. 26, n. 92, p. 983-1011, Especial - Out. 2005 983 Disponível em

Paulo de Camargo e Juliana Bernardino A moral da história
http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/formacao-valores-413152.shtml

http://biblioteca.universia.net/ficha.do?id=643912 Autor(es): Menin,Maria Suzana De Stefano -